domingo, 15 de fevereiro de 2009

Eu poderia ter mandado flores,
mas me perdi entre esquinas pra chegar na sua casa.
Acertei no mapa, mas parece que você criou um desvio
e minhas tentativas de chegar não passaram de rotas mal sucedidas.
Tentei ir de carro, mas o amor é quase sempre uma rua de mão única
e eu novamente entrei na contra-mão.
De ónibus, acabei pegando o número errado
ele não batia com meu ano ou com meu signo,
pra piorar acabei perdendo meu próprio ponto.
Por fim, a pé, cruzei ruas e avenidas, 
cruzei mais de duas vezes o mesmo quarteirão
e ao parar percebi que minhas pernas continuavam bambas,
você sempre foi culpado disso.
Tentei caminhos longos e atalhos,
mas não há sinalização na rua.
Quanto as flores, eu deveria ter plantado no canteiro da minha rua,
mas a grama é sempre mais verde do outro lado da rua.

4 comentários:

Raul Corrêa disse...

Adoro poemas em série. Mas tenho a impressão de que esse me surpreendeu ainda mais que o outro. x) Muy bueno.

Matheus T. disse...

não preciso nem de comentar nada né?


odeio/amo textos tristes. :*

cherem disse...

não preciso nem de comentar nada né? [2]

*-*

Cíntia disse...

eu tb n tenho batatas para escrever...já te disse que estou amando!

Eu queria poder dar nome pro que eu sinto.