terça-feira, 18 de maio de 2010

"Amo tanto e de tanto amar, acho que [eu acredito]"

"Ah, não aguento de tanto amor que não encontra seu rumo!!!"
(Antoine de Saint-Expuéry)

Parece que amar é sempre o começo, como se não conseguíssemos chegar nem sequer ao meio, quanto mais ao fim.

É como se sempre faltasse algo, como um rio que só tem nascente, mas não tem nunca por onde escorrer... O amor não seria água que cai, mas água que some, mas some somando, não indo e nem ficando mais e mais...

O amor consome, consome tempo, energia, espaço, comida, se consome...

Por se consumir é preciso sempre reatualizar o amor. Nunca se ama igual duas vezes, mesmo que o objeto do amor seja o mesmo...

Talvez nesse sentido que digam que só o amor irrealizado é verdadeiro, porque, de fato, todos os amores são irrealizáveis, na medida em que só se começa a amar...

Amar não acontece no gerundio, nunca se está amando tal pessoa ou tal coisa, porque não existe um contínuo, sempre um recomeçar. Nunca se está no meio do atividade de amar...

O certo talvez seria dizer: estou reamando, estou reamando de novo, estou reamando de novo...
Eu queria poder dar nome pro que eu sinto.