terça-feira, 18 de maio de 2010

"Amo tanto e de tanto amar, acho que [eu acredito]"

"Ah, não aguento de tanto amor que não encontra seu rumo!!!"
(Antoine de Saint-Expuéry)

Parece que amar é sempre o começo, como se não conseguíssemos chegar nem sequer ao meio, quanto mais ao fim.

É como se sempre faltasse algo, como um rio que só tem nascente, mas não tem nunca por onde escorrer... O amor não seria água que cai, mas água que some, mas some somando, não indo e nem ficando mais e mais...

O amor consome, consome tempo, energia, espaço, comida, se consome...

Por se consumir é preciso sempre reatualizar o amor. Nunca se ama igual duas vezes, mesmo que o objeto do amor seja o mesmo...

Talvez nesse sentido que digam que só o amor irrealizado é verdadeiro, porque, de fato, todos os amores são irrealizáveis, na medida em que só se começa a amar...

Amar não acontece no gerundio, nunca se está amando tal pessoa ou tal coisa, porque não existe um contínuo, sempre um recomeçar. Nunca se está no meio do atividade de amar...

O certo talvez seria dizer: estou reamando, estou reamando de novo, estou reamando de novo...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Tentativa de ensaio (ou seja, uma escrita em que extravaso sem pretensão de chegar a uma teoria ou aproximação da verdade, mas sujeita a críticas)

Irrrrrrrrrrr.
Eu estava pensando em dizer duas coisas, mas depois de assistir meio episódio da minha série da década de 90 favorita, eu fiquei absolutamente transtornado e com raiva (a ponto de pensar que ninguém deveria ver essa série).
A primeira coisa que eu queria falar é como é difícil dizer 0 que a gente realmente quer dizer, eu quero dizer que como os idiomas são restritos na capacidade deles, eles abrem tantas brechas. Por exemplo: a segunda coisa que eu queria dizer inicialmente é como eu estou insatisfeito com a minha vida e como isso não quer dizer que eu não esteja satisfeito. E é dentro dessa lacuna que eu não sei como trabalhar... As linguagens não são dialéticas... não há uma síntese possível pra isso... Na série antes citada acontece exatamente isso, uma frase desencadeia uma série de reações que só vão se resolver 7 temporadas depois! Isso simplesmente pela incomunicação entre as pessoas. Por maiores as críticas que possamos fazer a Lacan, uma coisa temos de reconhecer em sua teoria: a hipótese da impossibilidade de se dizer algo completamente.
A partir disso o que podemos fazer? Se até mesmo personagens criados para se relacionarem necessitam de uma incomunicabilidade, o que esperar das nossas relações? Para uma relação se tornar envolvente ela precisa de um conflito? Isso é o que parece que nossos (ou o da maioria, ou pelo menos o meu) gostos atualmente mostram... Então preciso de um relacionamento que sobreviva a conflitos, é isso? De fato, colocado em palavras parece bastante lógico. Mas quer dizer que não existe um bom relacionamento sem conflitos? Voltando ao tema da satisfação, não basta não ter problemas, temos de estar constantemente resolvendo eles para que a gente se sinta bem? Eu falo por mim, que não tenho nenhum problema a vista, mas que mesmo assim... falta alguma coisa...





Nem mais os personagens me bastam.........................
MERDA!
Eu queria poder dar nome pro que eu sinto.