segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Enganos de uma mente traçoeira consigo mesma em toda as hiprocrisias idiossincraticas da vida (I)

Não existe nada mais traiçoeiro que nossa mente...
Depois de um muito (pouco) ter vivido. Entre diferentes experiências, em carne ou em imagem, ele lia sobre lugares aos quais ele nunca tinha ouvido falar. Passava o olho sobre paisagens por onde jamais pisaria. Ao ler sobre uma floresta na Nova Zelândia, no entanto, seu olhar parou. E pensou que era o lugar mais bonito que podia ser vis(i)tado. A gente se engana tão facilmente como pisca os olhos... Não precisamos mais do que um pensamento próprio pra destruir um série de planos plausíveis e contruir outros tantos impossíveis no lugar. E ficamos tão decepcionados quando eles não acontecem...
A foto que mostrava algumas árvores que poderiam ser do parque da cidade na luz de um por do sol o encantou. E num "instante-já" aquele se tornou seu sonho: viajar pra Nova Zelândia. Não tinha tempo ou dinheiro pra visitar sua avó naquela cidadezinha do interior do estado, mas iria a Nova Zelândia.
Mesmo ao falar de tempos passados com alguém, quando alguém nos lembra do que aconteceu é que sentimos saudades de um tempo que já passou, e que teria continuado tempo passado se não tivesse tocado no assunto... e, ah como são bons os tempos passados memorados por aqueles que não se vêem sempre e que só guardam o melhor das pessoas, como é sublime conhecer alguém superficialmente!!! As pessoas são tão melhores de longe e do passado. Afinal, quem quer lembrar de coisas ruins?
Começou a pesquisar preços, hotéis, passeios, datas. Tudo isso por causa de uma foto de um lugar que ele havia projetado sons, formas, movimentos, vida... Falou com um amigo dos planos. Claro escolheu o amigo certo: aquele que todos temos, que diz sempre que devemos aproveitar ao máximo a vida, que não devemos nos prender a compromissos que não existem, nem a convenções sociais. Aquele que vai falar o que a gente quer ouvir. Porque sim, sabemos os discursos de nossos amigos e simplesmente permutamos eles a nosso bel prazer.
Eu queria poder dar nome pro que eu sinto.